Por coincidência ou ironia do destino, a data que está no primeiro Boletim Sanitário do Petit é 17 de Dezembro de 2004.
Faz hoje 15 anos que o registámos, que o vacinámos, que o tornámos oficialmente um membro da nossa família.
Eu tenho por hábito dizer que não fomos nós que o escolhemos.
Foi ele que nos escolheu.
Um domingo à tarde, no outono de 2004, começámos a ouvir um barulho estranho à frente da casa. Fomos espreitar e lá estava ele:
…uma bola de pelo cinzento a roer um fio do automatismo do nosso portão de entrada.
Foi o primeiro de muitos estragos que fez,.. e o primeiro motivo de muitos risos, sorrisos e alegrias que nos deu, nos 15 anos que esteve connosco.
Alguém achou que a nossa casa estava vazia sem um Petit.
E colocou um Petit no nosso quintal, na nossa casa, nas nossas vidas…
Mas estes últimos dois anos têm sido dolorosos.
Vê-lo perder, aos poucos, faculdades, capacidades motoras e cognitivas,...
Vê-lo envelhecer. Ficar cego. Surdo. Completamente desorientado.
Foi muito difícil.
Deixou-nos faz hoje dois meses.
Não de uma forma natural, mas de uma forma que nós entendemos ser mais digna para um ser que foi o nosso grande companheiro.
Adormeceu tranquilamente.
Optámos por libertá-lo das suas dores, da sua cegueira, da sua surdez e de uma vida que já nem era digna desse nome…
Tantas saudades, meu querido Petit!
Bons sonhos, Petit!
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